O conjunto da obra toda de Fernando Pessoa é um Romance Drama em Gente.
Fernando Pessoa: "Somos contos contando contos. Nada."
Na verdade, a obra pessoana é um conto a várias vozes.
As personagens, à medida que vão contando, tornam-se mais autónomas, suicidam-se ou morrem, mas a partir da sua autonomia, dão lugar a outras...
Que função tiveram os heterónimos e os semi-heterónimos em Fernando Pessoa?
Uma função catártica.
Ricardo Reis surge pela necessidade de uma atitude religiosa pagã.
Álvaro de Campos é o contrário; "por derivação oposta a Reis".
Alberto Caeiro é o poeta bucólico de espécie complicada. É o Mestre ... De quê? De quem? Porquê?
Para Ricardo Reis, Caeiro é o grande libertador, o argonauta das sensações verdadeiras; o sensacionista puro e absoluto.
Pessoa considera-o o Mestre da arte de viver para todos que, por sua vez, tentam ver nele a solução para essa arte de viver. Ele é para os outros dois e para o ortónimo, o emblema da saúde de viver; o lado salutar que Fernando Pessoa procurava.
Caeiro é o verso branco, sem rima; escrever para ele é tão natural como respirar. Ele defende que não há nenhuma transcendência nas coisas; estas são como parecem. A sua posição é sempre serena para com as plantas e os deuses. Não pensa; nunca se questiona; só sente e por isso é o sensacionista puro e absoluto. As coisas sentem-se tal como são e não como deveriam ser. Na sua perspetiva, devemos ser sempre crianças, ver sempre as coisas pela primeira vez; desaprender tudo o que se aprende.
Estilo apoético de Caeiro: "Eu escrevo a prosa dos meus versos."
Esta frase de Caeiro é contra toda a teoria do género literário sendo que o seu estilo é antipoesia, antimetafísica e antifilosofia...
... porque "Filosofia é não ter filosofia alguma."
Por isso, Caeiro é o mais filósofo de todos os heterónimos. Objetiva as suas sensações e emoções; ele é o primogénito desta objetividade das coisas. (vide poemas Menino Jesus - remete para o princípio do paganismo que é a única religião da objetividade - e Eu sou o guardador...).
Uma função catártica.
Ricardo Reis surge pela necessidade de uma atitude religiosa pagã.
Álvaro de Campos é o contrário; "por derivação oposta a Reis".
Alberto Caeiro é o poeta bucólico de espécie complicada. É o Mestre ... De quê? De quem? Porquê?
Para Ricardo Reis, Caeiro é o grande libertador, o argonauta das sensações verdadeiras; o sensacionista puro e absoluto.
Pessoa considera-o o Mestre da arte de viver para todos que, por sua vez, tentam ver nele a solução para essa arte de viver. Ele é para os outros dois e para o ortónimo, o emblema da saúde de viver; o lado salutar que Fernando Pessoa procurava.
Caeiro é o verso branco, sem rima; escrever para ele é tão natural como respirar. Ele defende que não há nenhuma transcendência nas coisas; estas são como parecem. A sua posição é sempre serena para com as plantas e os deuses. Não pensa; nunca se questiona; só sente e por isso é o sensacionista puro e absoluto. As coisas sentem-se tal como são e não como deveriam ser. Na sua perspetiva, devemos ser sempre crianças, ver sempre as coisas pela primeira vez; desaprender tudo o que se aprende.
Estilo apoético de Caeiro: "Eu escrevo a prosa dos meus versos."
Esta frase de Caeiro é contra toda a teoria do género literário sendo que o seu estilo é antipoesia, antimetafísica e antifilosofia...
... porque "Filosofia é não ter filosofia alguma."
Por isso, Caeiro é o mais filósofo de todos os heterónimos. Objetiva as suas sensações e emoções; ele é o primogénito desta objetividade das coisas. (vide poemas Menino Jesus - remete para o princípio do paganismo que é a única religião da objetividade - e Eu sou o guardador...).
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