segunda-feira, 6 de novembro de 2017

BARROCO: NOTAS SOLTAS SOBRE...


NOTAS SOLTAS SOBRE...



BARROCO



Arte dirigida aos sentidos e não à Razão.
O Renascimento acreditava no Homem e na Natureza enquanto que o Homem Barroco se enche de pessimismo e desilusão. Face à harmonia, otimismo, simplicidade e beleza do ideal renascentista, o Barroco opõe exagero, pessimismo, artificialidade,...
Por isso, o Barroco procura excitar a sensibilidade do contemplador ou leitor da obra de arte, mais do que proporcionar-lhe um prazer estético.



Renascimento (século XVI)

Barroco (século XVII)


 Época de exaltação da vida;
 Confiava-se totalmente na natureza humana;
 Época de otimismo generalizado;
 Valorização da harmonia e do equilíbrio.
*Época em que se considerava a vida como um transe doloroso que termina na morte;
*Considerava-se que o maior inimigo do Homem era o próprio Homem;
*A sociedade deixou-se invadir por sentimentos de pessimismo e desilusão;
*Contrastes: vida/morte; realidade/aparência; luz/obscuridade, etc.


O património poético que os seiscentistas nos legaram está compilado em duas coletâneas: Fénix Renascida e Postilhão de Apolo. A arte supera o sentimento e o espírito suplanta o coração.
Atitudes e Valores do Barroco
Os artistas do período barroco revelam quase todos a alma e o sentir do homem do século XVII:

- a instabilidade
o desequilíbrio
- a sensação de efemeridade
o desejo inevitável da fuga



O clima emocional de valores e atitudes apontados encaminha, nas artes plásticas e na literatura, para atitudes e processos diferentes:

Atitude sensual – busca do fulgurante para o prazer dos sentidos, quase como um processo de compensação.

Atitude inteletual – busca de conceitos engenhosos para o prazer lúdico do espírito.


Na poesia barroca ou gongórica, essas duas atitudes traduzem-se nos:


Cultismo – rebuscado ineditismo formal, sobrecarga de elementos ornamentais (com abundância de trocadilhos, jogos de palavras, metáforas, construções estróficas extravagantes, etc.).

Concetismo – excesso de jogos de conceitos que tomaram nesta época um vigor diferente do equilíbrio manifestado no século XVI.


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