terça-feira, 22 de novembro de 2016

O ESPAÇO SOCIAL EM "FREI LUÍS DE SOUSA"


Refere-se o Espaço Social ao conjunto de informações ou referências textuais que nos permitem concluir sobre costumes e mentalidades que caracterizam uma época, a época em que decorre a ação, em que vivem as personagens.
Sucintamente:
- as características do palácio de D. Manuel apontam para a existência uma família aristocrática;
- ainda na sequência do ponto anterior: a existência de serviçais ou criados como Telmo, Doroteia e Miranda;
- D. Madalena possui um grau de educação pouco habitual para a época, sendo mulher, pois quando a ação se inicia, está a ler;
- o mesmo se passa com Maria que lê “Menina e Moça” de Bernardim Ribeiro;
- D. João de Portugal, cavaleiro, pois combateu ao lado de D. Sebastião;
- a população de Lisboa vive em péssimas condições devido à peste; as personagens vivem em Almada, razão pela qual não são atingidas visto não haver comunicação;
- próprio da época e usual nas classes sociais mais elevadas: os casamentos eram de conveniência, sem amor, à semelhança do que sucedeu com D Madalena ao casar com D. João por obrigação;
- para todos os efeitos, Maria é filha ilegítima logo que se sabe que D. João está vivo e apesar de ser fruto de um casamento, o segundo de sua mãe;
- as formas de comunicação eram dificultadas pela falta de meios e pela distância, a comprová-lo, o facto de só se saber que D. João estava vivo passados tantos anos;
- a esposa é, normalmente, mais nova do que o marido, assumindo este a função de um segundo pai.



sexta-feira, 18 de novembro de 2016

"FREI LUÍS DE SOUSA": O TEMPO DRAMÁTICO.



O Tempo dramático


“Ato Primeiro”: “Câmara antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância portuguesa dos princípios do século dezassete”…
Apesar da anterior informação cénica, a ação desenrola-se no último ano do século dezasseis. Com efeito, Garrett assume, na Memória ao Conservatória Real, que os aspetos cronológicos não o terão preocupado pois considerou mais importante “o trabalho de imaginação” irreconciliável com os “algarismos das datas”.
            Seguem-se algumas das referências cronológicas que aparecem na obra:

            - período anterior a 1578 – casamento de D. Madalena com D. João de Portugal.
            - 4 de Agosto de 1578 – batalha de Alcácer Quibir; desaparecimento de D. João de Portugal assim como de D. Sebastião.
            - de 1578 a 1585 (decorrem 7 anos) – durante este período, D. Madalena faz todos os esforços para encontrar o paradeiro de D. João de Portugal sem obter qualquer resultado.
            - 1585 – D. Madalena casa com Manuel de Sousa Coutinho por quem se apaixonara ainda durante o seu primeiro casamento.
            - 1586 – da união de Manuel de Sousa Coutinho e de D. Madalena nasce Maria (que tem treze anos no momento em que se inicia a ação).
            - 1599 – ano em que decorre a ação e catorze anos após o casamento de Manuel de Sousa e de D. Madalena.
            O período de tempo que separa o desaparecimento de D. João de Portugal e o momento em que se desenrola a ação é constituído por vinte e um anos, o que nos permite situar a ação no ano de 1599.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

"FREI LUÍS DE SOUSA": O ESPAÇO NO ATO I




ATO I
ESPAÇO

- vila de Almada
- Pontal de Cacilhas
- vista sobre o Tejo, com faluas, e Lisboa
- próximo do convento de S. Paulo (“quatro passadas”)
- palácio de Manuel Sousa Coutinho, com um eirado
- câmara antiga; luxo, elegância
- retrato de Manuel de Sousa Coutinho
- bufete com livros, tapeçarias, porcelanas
- cadeira antigas, tamboretes, contadores


in nº 21, Texto Editora

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

"FREI LUÍS DE SOUSA": O TEMPO NO ATO I


ATO I
TEMPO

- princípio do século XVII
- fim da tarde
- reformistas da Alemanha (cena 2)
- desavenças entre portugueses e castelhanos (cena 2)
- peste em Lisboa
- “depois daquela jornada de África que me deixou viúva” (cena 2)
- sete anos de buscas (cena 2)
- segundo casamento de D. Madalena há catorze anos (cena 2)
- noite fechada (cena 7)


in nº21, Texto Editora


"FREI LUÍS DE SOUSA": AS PERSONAGENS, ATO I: MADALENA


ATO I
PERSONAGENS
Madalena

- da família dos Vilhenas
- culta, dedicada à leitura (cita versos do episódio “Inês de Castro” de Os Lusíadas)
- frágil, sensível, fraca, dominada por medos e terrores (cena I)
- grata pela prontidão, servilidade de Telmo; respeita-o como a um familiar (cena 2)
- preocupada com a influência que Telmo exerce sobre Maria (cena 2), admoestando-o neste sentido
- reconhecida pela consideração e afeto que Telmo lhe dedicou logo que se casou  com 
D. João de Portugal (cena 2)
- preocupada em relação à sensibilidade / debilidade da filha (cenas 2, 3)
- fiel à memória do primeiro marido, durante 7 anos procedeu a buscas (cena 2)
- ama o segundo marido; sempre respeitou o primeiro (cena 2)
- ciumenta pela devoção que Telmo dedica a Maria (cena 2)
- constrangida pelo facto de Telmo intensificar os seus temores (cena 2), acusando-o por isso
- assustada com a possibilidade de D. João de Portugal viver ainda – “quimera”, “fantasma” (cena 2)
- preocupada com o atraso do marido que fora a Lisboa (cenas 2, 5)
- receosa, impotente perante a ação do marido face aos “poderosos” (cena 7)
- fraca, com falta de coragem para enfrentar a antiga casa (cena 7)
- obediente ao marido (cena 8)
- indiciadora de desgraças, calamidades (cena 8); pânico, presságios “três dias, três horas”
- supersticiosa, tenta salvar, em vão, o retrato de Manuel de Sousa Coutinho (cena 12)


in nº 21, Texto Editora






domingo, 13 de novembro de 2016

ELEMENTOS ESSENCIAIS DA TRAGÉDIA CLÁSSICA


Hybris - Sentimento que conduz os heróis da tragédia à violação da ordem estabelecida através de uma ação ou de um comportamento que constitui um desafio aos poderes definidos sejam eles de ordem familiar, social, da natureza e / ou outros.

Em FLS, a Hybris verifica-se na realização do segundo casamento de Madalena, sem que esta tenha a certeza da morte de D. João; há um desafio ao Destino. Por sua vez, Manuel de Sousa desafia as leis da política ao incendiar o seu palácio para impedir a sua ocupação pelos espanhóis.

Pathos - Sofrimento, progressivo, do(s) protagonista(s), imposto pelo Destino (Anankê) e executado pelas Parcas (Cloto, que presidia ao nascimento e sustinha o fuso na mão; Láquesis, que fiava os dias da vida e os seus acontecimentos; Átropos, a mais velha das três irmãs, que, com a sua tesoura fatal, cortava o fio da vida), como consequência da sua ousadia.

Em FLS, verifica-se pelo sentimento de culpa de Madalena, pela instabilidade emocional de Maria; pela aflição de Manuel de Sousa ao aperceber-se da ilegitimidade de sua filha, pela angústia de Telmo que se sente dividido entre a fidelidade a D. João e o amor que entretanto ganhou a Maria.

Ágon – “Conflito (a alma da tragédia) que decorre da hybris desencadeada pelo(s) protagonista(s) e que se manifesta na luta contra os que zelam pela ordem estabelecida.”

Em FLS está visível no dilema vivido por Telmo e que o divide entre o seu amor a Maria e a fidelidade a seu amo, D. João de Portugal.

Anankê - É o Destino. Preside às Parcas e encontra-se acima dos próprios deuses, aos quais não é permitido desobedecer-lhe.

Encontra-se presente quando os espanhóis escolhem o palácio de Manuel de Sousa para habitar, determinando assim a mudança da família para o palácio de D. João; de igual modo, é o Destino a determinar a ausência deste e o seu regresso 21 anos depois.

Peripécia – “Segundo Aristóteles, "Peripécia é a mutação dos sucessos no contrário".” Caracteriza-se pela existência de um acontecimento imprevisível que altera o normal curso dos acontecimentos da ação, ao contrário do que se podia esperar.

O regresso inesperado de D. João vem alterar a ordem da família deste texto pois o casamento de Madalena e de Manuel de Sousa é anulado, situação que o Romeiro ainda tenta alterar mas que, no entanto, é já irreversível.

Anagnórise (Reconhecimento) – “Segundo Aristóteles, "o reconhecimento, como indica o próprio significado da palavra, é a passagem do ignorar ao conhecer, que se faz para a amizade ou inimizade das personagens que estão destinadas para a dita ou a desdita." Aristóteles acrescenta: "A mais bela de todas as formas de reconhecimento é a que se dá juntamente com a peripécia, como, por exemplo, no Édipo”." No reconhecimento podem ser constatados factos ou acontecimentos acidentais, ocasionais mas que se traduzem quase sempre na identificação de uma personagem como, aliás, sucede com a figura do Romeiro de FLS enquanto D. João de Portugal. O clímax dá-se quando este é reconhecido como D. João.

 Catástrofe - Desenlace trágico cujos indícios vão sendo referidos pelas personagens e que deve ser indicado desde o início, uma vez que resulta do conflito entre a hybris (desafio da personagem) e a anankê (destino), conflito que se desenvolve num crescendo de sofrimento (pathos) até ao clímax (ponto culminante). Segundo Aristóteles, a catástrofe " é uma ação perniciosa e dolorosa, como o são as mortes em cena, as dores veementes, os ferimentos e mais casos semelhantes."

Em FLS adquire várias formas: a separação de Madalena e de Manuel de Sousa quando optam pela vida religiosa; a morte de Maria; D. João ganha consciência de que não é ninguém uma vez que perdeu a casa, a vida que tinha e a mulher.

Katharsis (Catarse) – “Purificação das emoções e paixões (idênticas às das personagens), efeito que se pretende da tragédia, através do terror (phobos) e da piedade (eleos) que deve provocar nos espetadores.”


"FREI LUÍS DE SOUSA": AS PERSONAGENS, ACTO I, TELMO


ATO I
PERSONAGENS
Telmo
- crente, respeitador a Deus (cena 2)
- de baixa condição – não sabe latim (cena 2)
- fiel servidor, leal amigo de seus amos, a quem admira, prevalecendo a admiração e devoção por D. João de Portugal (cena 2)
- devoto a Maria (cena 2)
- respeitado e estimado por Madalena e Maria
- íntimo de Madalena, conhece os verdadeiros sentimentos desta (cena 2)
- amável e bondoso, deu carinho, proteção e amparo a D. Madalena logo que casou com D. João e após a viuvez (cena 2)
- autor de agouros e profecias (cena 2)
- crente de que D. João continua vivo após vinte e um anos (cena 2)
- crente da reciprocidade de estima por D. João de Portugal (cena 2)
- consciente da falta de amor de D. Madalena para com D. João de Portugal, apesar de reconhecer àquela respeito, devoção, lealdade (cena 2)
- substituto de D. João nos ciúmes que este não teve (cena 2)
- consciente da fragilidade, debilidade, doença de Maria
- amigo e apreensivo com a preocupação de Madalena em relação a Maria, compromete-se a não verbalizar a sua crença sebastianista e / ou regresso do primeiro amo junto de Maria (cena 2)

in nº 21, Texto Editora



sábado, 12 de novembro de 2016

"FREI LUÍS DE SOUSA": AS PERSONAGENS, ATO I, MANUEL DE SOUSA COUTINHO

ATO I
PERSONAGENS
Manuel de Sousa Coutinho

- da família dos Sousa; Cavaleiro de Malta
- inteligente, ativo (cenas 7, 9 10)
 nervoso, agitado, revoltado – cena 7
- prudente, toma as devidas precauções (cenas 7, 9); cauteloso, não se deixa surpreender; de decisões rápidas (cena 9)
- indiferente, despreza os receios da mulher em voltar à antiga casa, impõe a sua vontade, relativiza, inferioriza os temores dela – “caprichos” (cena 8)
- tranquiliza a mulher e pede-lhe que lhe faça o mesmo, não se deixando dominar por “vãs quimeras de criança” (cena 8)
- não sente ciúmes do passado de D. Madalena com D. João (cena 8)
- patriota, íntegro (cenas 8, 10, 11, 12); despreza a tirania (cena 10); compara-se a seu pai que morrera pela própria espada (cena 11)

in nº 21, Texto Editora


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

"FREI LUÍS DE SOUSA": ESTRUTURAS EXTERNA E INTERNA


ESTRUTURA EXTERNA
            Frei Luís de Sousa é constituído por três atos, sendo que o primeiro e o terceiro têm doze cenas e o segundo ato, quinze. Verificamos, assim, estarmos perante um texto organizado de forma tripartida, regular e harmoniosa.

ESTRUTURA INTERNA
            Nela há a considerar três partes ou momentos:

            Exposição – Ato I, Cenas I a IV
            Através das falas das personagens tomamos conhecimento dos antecedentes da ação que explicam as circunstâncias atuais; conhecemos igualmente as personagens e as relações existentes entre elas.

            Conflito – Cenas V a XII do Ato I, Ato II e até à Cena IX do Ato III
            Desenrolar gradual dos acontecimentos, em que se vivem momentos de tensão e de expetativa – no caso de FLS, desde o conhecimento de que os governadores espanhóis escolheram o palácio de Manuel de Sousa para se instalarem até ao reconhecimento do Romeiro (Clímax) – e que desencadearam uma série de peripécias.

            Desenlace – Ato III, Cenas X a XII
            Desfecho motivado pelos acontecimentos anteriores – dá-se a consumação da tragédia familiar em que Maria morre e os seus pais se veem obrigados a separar-se, morrendo um para o outro assim como para a vida terrena.
           
           

"FREI LUÍS DE SOUSA": AS PERSONAGENS, MARIA

ATO I
PERSONAGENS
Maria
- 13 anos
- curiosa, interessada, instruída, célere no entendimento, precoce (cenas 2, 3]
- formosa, fraca, frágil, doente – tísica (cens 2, 3)
- bondosa, pura, inocente (cena 2)
- estima, admiração por Telmo e à vontade perante este (cenas 2, 3)
- preocupada com a voz do povo que continua à espera de D. Sebastião (cena 3)
– perplexa por ninguém querer ouvir falar no regresso de D. Sebastião - exceto Telmo (cena 3)
- inconsciente da sua doença (cena 3)
- apreensiva com a preocupação da mãe em relação a ela (cena 4)
- com poderes sibilinos, adivinhatórios (cena 4); prevê a chegada do pai à distância (cena 5)
- diferente das outras crianças: responsável, adulta (cena 4)
- desgostosa por não ser um rapaz que pudesse ajudar o pai (cena 4)
- solidária com o povo que não pode sair da cidade para mudar de “ares” (cena 5)
- adulta, opina sobre a necessidade de remediar o desconcerto, as injustiças do mundo (cena 5)
- infantil pelo desejo de presenciar uma batalha que impedisse os governadores de se instalarem (cena 5)
- orgulhosa do caráter nobre e patriótico do pai (cena 7)

in nº 21, Texto Editora

domingo, 6 de novembro de 2016

"FREI LUÍS DE SOUSA": CONCEÇÃO CÍVICA E PEDAGÓGICA


Notas soltas, outras nem tanto :)


- Trata-se de uma obra política
·         as personagens não estão com a sua consciência centrada neles próprios, enquanto seres individuais, pois cada um deles tem uma relação objetiva com o destino histórico da sua Pátria, com o que ela é.

## o fim das personagens principais aponta para o fim do próprio país!
... um país que não tem presente mas um passado (este passado chega mesmo a ser representado pelo Romeiro, como elemento trágico para uma família, para um país).

##  Oliveira Martins chama-lhe "a tragédia portuguesa, sebastianista".
  • é um texto dramático que põe em cena o sentimento português e o jogo dos afetos humanos.
##  ler FLS exige a descodificação dos seus símbolos e mitos e o Sebastianismo é a base que estrutura e organiza a mensagem.
  • o fogo, que é deitado ao palácio, é o único ponto/gesto positivo do herói MSC, cujo retrato arde nesse mesmo incêndio.
  • o Romeiro (D. João de Portugal) é um falso D. Sebastião desejado por todos e será ele quem os destruirá com o seu regresso.
  • ele diz Ninguém!, representativo do rosto de um Portugal morto, só com passado e sem esperança, perspetivas num futuro ou de mudança.
##  FLS é escrito em 1843, quando o despotismo de Costa Cabral e a corrupção do regime ameaçavam o país com uma guerra civil. Esta obra representa igualmente o protesto e a recusa de todas as formas de tirania e opressão política, moral ou religiosa.

##  para Almeida Garrett, o conceito de progresso encontra-se ligado ao de Liberdade.

##  do conjunto de personagens de FLS apenas Maria representa uma esperança e um futuro.

##  todas as personagens são símbolos da Pátria nos vários momentos - passado, presente e futuro.


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE "FREI LUÍS DE SOUSA"




… de Almeida Garrett
- É, talvez, a sua obra-prima literária.
- Qual a sua motivação ao escrevê-la? São várias as hipóteses que se colocam:
- Razões pessoais e familiares?
(a morte de Adelaide, que lhe deixa uma filha ilegítima);
- Razões políticas?
A crise que Portugal atravessa; espera-se que este ressuscite (Portugal sofria com os ideais liberalistas e com a ditadura de Costa Cabral)
- Razões literárias?
Existência de várias obras retratando esta temática.
Sobre a classificação literária de F.L.S. enquanto género literário.
Para os gregos, a tragédia era a forma superior do género dramático.
Almeida Garrett cria um género híbrido, formado a partir de elementos de categorias diferentes em que mistura o Drama e a Tragédia.
Problemática da classificação da obra
Almeida Garrett, na Memória ao Conservatório Real de Lisboa, afirma:
- FORMA (Drama)  --- Drama Romântico: expressa literariamente um determinado estado social.
- tem 3 atos;
- texto escrito em prosa (adapta-se melhor à expressão de sentimentos das personagens);
- respeita a lei das 3 unidades (Ação, Espaço e Tempo);
- tem elementos trágicos.
- ÍNDOLE (Tragédia)
- assunto retirado da história nacional; --- tal como no Drama Romântico em que a ação da peça "esconde" uma situação real.
- ação dramática e trágica;
- poucas situações, poucas personagens e atitudes simples;
- personagens tementes a Deus e honestas; --- tal como no Drama Romântico em que o ser humano é alvo de uma atenção analítica; faz-se a exaltação dos valores patrióticos e religiosos.
- nem amores, nem aventuras, nem paixões, nem violências;
- ação simples.
Não tem como os dramas clássicos:
            - um mau
            - um tirano
            - verso como forma de expressão

Não tem como os dramas modernos:
            - Assassínios; adultérios; incestos; blasfémias; maldições.
Tem:
- Terror (a provocar no espetador)

Não está escrita em verso por isso contenta-se com o título modesto de Drama, mas um Drama Moderno porque, pela forma, não merece a categoria mas pela índole, há de ser um antigo género trágico.