domingo, 6 de novembro de 2016

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE "FREI LUÍS DE SOUSA"




… de Almeida Garrett
- É, talvez, a sua obra-prima literária.
- Qual a sua motivação ao escrevê-la? São várias as hipóteses que se colocam:
- Razões pessoais e familiares?
(a morte de Adelaide, que lhe deixa uma filha ilegítima);
- Razões políticas?
A crise que Portugal atravessa; espera-se que este ressuscite (Portugal sofria com os ideais liberalistas e com a ditadura de Costa Cabral)
- Razões literárias?
Existência de várias obras retratando esta temática.
Sobre a classificação literária de F.L.S. enquanto género literário.
Para os gregos, a tragédia era a forma superior do género dramático.
Almeida Garrett cria um género híbrido, formado a partir de elementos de categorias diferentes em que mistura o Drama e a Tragédia.
Problemática da classificação da obra
Almeida Garrett, na Memória ao Conservatório Real de Lisboa, afirma:
- FORMA (Drama)  --- Drama Romântico: expressa literariamente um determinado estado social.
- tem 3 atos;
- texto escrito em prosa (adapta-se melhor à expressão de sentimentos das personagens);
- respeita a lei das 3 unidades (Ação, Espaço e Tempo);
- tem elementos trágicos.
- ÍNDOLE (Tragédia)
- assunto retirado da história nacional; --- tal como no Drama Romântico em que a ação da peça "esconde" uma situação real.
- ação dramática e trágica;
- poucas situações, poucas personagens e atitudes simples;
- personagens tementes a Deus e honestas; --- tal como no Drama Romântico em que o ser humano é alvo de uma atenção analítica; faz-se a exaltação dos valores patrióticos e religiosos.
- nem amores, nem aventuras, nem paixões, nem violências;
- ação simples.
Não tem como os dramas clássicos:
            - um mau
            - um tirano
            - verso como forma de expressão

Não tem como os dramas modernos:
            - Assassínios; adultérios; incestos; blasfémias; maldições.
Tem:
- Terror (a provocar no espetador)

Não está escrita em verso por isso contenta-se com o título modesto de Drama, mas um Drama Moderno porque, pela forma, não merece a categoria mas pela índole, há de ser um antigo género trágico.


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