… de Almeida Garrett
- É, talvez, a sua obra-prima literária.
- Qual a sua motivação ao escrevê-la? São
várias as hipóteses que se colocam:
- Razões pessoais e familiares?
(a morte de Adelaide, que lhe deixa uma
filha ilegítima);
- Razões políticas?
A crise que Portugal atravessa; espera-se
que este ressuscite (Portugal sofria com os ideais liberalistas e com a
ditadura de Costa Cabral)
- Razões literárias?
Existência de várias obras retratando
esta temática.
Sobre a classificação
literária de F.L.S. enquanto género literário.
Para os gregos, a tragédia era a forma
superior do género dramático.
Almeida Garrett cria um género
híbrido, formado a partir de elementos de categorias diferentes em que
mistura o Drama e a Tragédia.
Problemática da classificação da obra
Almeida Garrett, na Memória
ao Conservatório Real de Lisboa, afirma:
- FORMA (Drama) --- Drama
Romântico: expressa literariamente um determinado estado social.
- tem 3 atos;
- texto escrito em prosa (adapta-se
melhor à expressão de sentimentos das personagens);
- respeita a lei das 3 unidades (Ação,
Espaço e Tempo);
- tem elementos trágicos.
- ÍNDOLE (Tragédia)
- assunto retirado da história nacional;
--- tal como no Drama Romântico em que a ação da peça
"esconde" uma situação real.
- ação dramática e trágica;
- poucas situações, poucas personagens e
atitudes simples;
- personagens tementes a Deus e honestas;
--- tal como no Drama Romântico em que o ser humano é
alvo de uma atenção analítica; faz-se a exaltação dos valores patrióticos e
religiosos.
- nem amores, nem aventuras, nem paixões,
nem violências;
- ação simples.
Não tem como os dramas clássicos:
- um mau
-
um tirano
- verso como forma de expressão
Não tem como os dramas modernos:
-
Assassínios; adultérios; incestos; blasfémias; maldições.
Tem:
- Terror (a provocar no espetador)
Não está escrita em
verso por isso contenta-se com o título modesto de Drama, mas um Drama Moderno
porque, pela forma, não merece a categoria mas pela índole, há de ser um antigo
género trágico.
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