Notas soltas, outras nem tanto :)
- Trata-se de uma obra política
·
as personagens não estão com a sua consciência centrada neles
próprios, enquanto seres individuais, pois cada um deles tem uma
relação objetiva com o destino histórico da sua Pátria, com o que ela é.
## o fim das personagens principais aponta
para o fim do próprio país!
... um país que não tem presente mas um passado (este passado chega mesmo a ser
representado pelo Romeiro, como elemento trágico para uma família, para um
país).
## Oliveira Martins chama-lhe
"a tragédia portuguesa, sebastianista".
- é um texto dramático que põe em cena o sentimento
português e o jogo dos afetos humanos.
## ler FLS exige a descodificação
dos seus símbolos e mitos e o Sebastianismo é a base que estrutura e organiza a
mensagem.
- o fogo, que é deitado ao palácio, é o único
ponto/gesto positivo do herói MSC, cujo retrato arde nesse mesmo incêndio.
- o Romeiro (D. João de Portugal) é um falso D. Sebastião
desejado por todos e será ele quem os destruirá com o seu regresso.
- ele diz Ninguém!, representativo do rosto de um Portugal morto,
só com passado e sem esperança, perspetivas num futuro ou de mudança.
## FLS é escrito em 1843, quando o
despotismo de Costa Cabral e a corrupção do regime ameaçavam o país com uma
guerra civil. Esta obra representa igualmente o protesto e a recusa de todas as
formas de tirania e opressão política, moral ou religiosa.
## para Almeida Garrett, o conceito
de progresso encontra-se ligado ao de Liberdade.
## do conjunto de personagens de FLS
apenas Maria representa uma esperança e um futuro.
## todas as personagens são símbolos
da Pátria nos vários momentos - passado, presente e futuro.
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