domingo, 6 de novembro de 2016

"FREI LUÍS DE SOUSA": CONCEÇÃO CÍVICA E PEDAGÓGICA


Notas soltas, outras nem tanto :)


- Trata-se de uma obra política
·         as personagens não estão com a sua consciência centrada neles próprios, enquanto seres individuais, pois cada um deles tem uma relação objetiva com o destino histórico da sua Pátria, com o que ela é.

## o fim das personagens principais aponta para o fim do próprio país!
... um país que não tem presente mas um passado (este passado chega mesmo a ser representado pelo Romeiro, como elemento trágico para uma família, para um país).

##  Oliveira Martins chama-lhe "a tragédia portuguesa, sebastianista".
  • é um texto dramático que põe em cena o sentimento português e o jogo dos afetos humanos.
##  ler FLS exige a descodificação dos seus símbolos e mitos e o Sebastianismo é a base que estrutura e organiza a mensagem.
  • o fogo, que é deitado ao palácio, é o único ponto/gesto positivo do herói MSC, cujo retrato arde nesse mesmo incêndio.
  • o Romeiro (D. João de Portugal) é um falso D. Sebastião desejado por todos e será ele quem os destruirá com o seu regresso.
  • ele diz Ninguém!, representativo do rosto de um Portugal morto, só com passado e sem esperança, perspetivas num futuro ou de mudança.
##  FLS é escrito em 1843, quando o despotismo de Costa Cabral e a corrupção do regime ameaçavam o país com uma guerra civil. Esta obra representa igualmente o protesto e a recusa de todas as formas de tirania e opressão política, moral ou religiosa.

##  para Almeida Garrett, o conceito de progresso encontra-se ligado ao de Liberdade.

##  do conjunto de personagens de FLS apenas Maria representa uma esperança e um futuro.

##  todas as personagens são símbolos da Pátria nos vários momentos - passado, presente e futuro.


Sem comentários:

Enviar um comentário

COMENTE, SUGIRA, PERGUNTE, OPINE...