terça-feira, 17 de dezembro de 2013

EXAMES - Informações e conselhos úteis



Informações e conselhos úteis sobre o exame

 

 – Antes e durante o exame

 

Antes da realização do exame, já deve ter adquirido técnicas de estudo porque só estas lhe permitirão adquirir e reter os conhecimentos que vai poder demonstrar na prova que vai realizar.

É fundamental que tenha tirado notas durante o estudo. Mas é igualmente eficaz que se interrogue sobre elas, tentando colocar questões como:

 

*    Quais os aspetos mais significativos deste autor?

*    Que temáticas privilegia?

*    Qual a posição que toma face a determinada realidade?

*    Estará correta a atitude que assume?

 

Estas etapas permitirão obter uma visão do assunto e ter uma opinião crítica sobre o mesmo.

Depois de ter lido e sintetizado os conteúdos que poderão constituir objeto da prova de exame, deve sentir-se menos ansioso. Não esqueça que a ansiedade só pode ser superada se realmente estudar, isto porque ela aumenta quando a probabilidade do fracasso se acentua.

No dia da realização da prova, tente cumprir os horários previamente estabelecidos e tenha confiança em si. Lembre-se que, se chegar atrasado, certamente ficará nervoso, fator que poderá ser inibidor da capacidade de concentração que a prova exige.

Enquanto aguarda o enunciado, vá preenchendo o cabeçalho da folha da prova e prepare o material de que vai precisar: lápis, borracha, uma esferográfica sobressalente… Esta preparação pode ajudá-lo a descontrair.

 

Quando a prova lhe for distribuída:

 

1 – leia as orientações, o texto e as questões do teste cuidadosamente;

2 – releia o texto e tome notas, no rascunho, e destaque o que lhe parecer importante;

3 – responda primeiro às questões mais fáceis;

4 – não perca tempo a solucionar uma questão para a qual ainda não tem resposta ;

5 – quando tiver resolvido tudo quanto  lhe pareceu mais acessível, volte a ler as questões a que não respondeu, tentando perceber aquilo que com elas se articula;

6 – tente dar respostas completas, pensando sempre que estas devem permitir ao corretor percecionar as questões que lhes estão subjacentes;

7 – releia o teste todo antes de o entregar de modo a aperceber-se da clareza e coerência das respostas;

8 – não se esqueça de controlar o tempo de que dispõe de maneira a reparti-lo por todos os grupos, evitando que este se esgote antes de ter terminado a prova.
 
-.-.-.-.-.-.-.-.-
 
 
M  Lista de verbos mais frequentes: caracterizar: evidenciar os traços distintivos ou dominantes; comentar: explicar um texto, uma frase, através de comentários, juízos, ilustrar um pensamento através de análises e de exemplos, para confirmar ou negar; comparar: ligar dois domínios para evidenciar as semelhanças e/ou as diferenças; criticar: ganhar distância e ajuizar acerca de qualquer coisa, realçar a verdade, o falso, as qualidades, os defeitos; descrever: enumerar as características de qualquer coisa, reproduzindo-a com a ajuda de traços observáveis; definir: precisar o conteúdo de um conceito, os seus atributos essenciais; demonstrar: chegar a uma conclusão de forma rigorosa, através de factos ou de raciocínios, responder ao porquê; discutir: proceder ao exame contraditório de uma questão, dizer os prós e os contras, mencionar as vantagens e os inconvenientes; ilustrar: esclarecer o sentido de um texto, de uma proposição, de uma citação com a ajuda de um exemplo, gráfico ou imagem. (in Métodos para aprender, Porto Editora).
 
In Dossier exame – 12º ano, Português B, Edições ASA
 
 
Outros “conselhos”:
 
- Após examinar o teste, verificar se sabe exatamente o que está a ser perguntado para evitar responder por defeito ou excesso às perguntas;
- Organizar pensamentos/ideias, tomando notas relativamente a cada questão ou à matéria a que se refere a questão e que poderá relembrar outra(s);
- Reler as perguntas; assinalar as instruções e selecionar do conjunto das notas aquelas que iremos utilizar na elaboração da resposta;
- Organizar a informação.
 
e ainda:
 
- Evitar a transcrição da pergunta no início da resposta;
- Evitar informações inúteis e floreados.
 
A melhor forma de começar a responder é, simplesmente, começar a responder.
 
ALGUNS EXEMPLOS:
 
% A saudade será um tema comum a uma infinidade de textos; o modo como, num determinado texto, o seu autor nos transmite esse sentimento, será mais propriamente o assunto desse texto.
Para determinar o tema, devemos pensar nele como a ideia fundamental ; “o eixo em redor do qual giram todos os elementos que, agrupados, constituem o texto.”
A afirmação do que é o tema deve ser clara; se, para definir o tema, formos obrigados a utilizar muitas palavras, o mais certo é termos confundido tema com assunto.
De uma maneira geral, o tema pode definir-se por uma palavra. Essa palavra exprime, em síntese, a intenção do autor.
Exemplo: “O tema deste excerto é o desespero de alguém que … porque…”
 
% Para localizar um texto que é um excerto de uma obra que conhecemos.
Exemplo: “O texto pertence à novela/ao romance de … e situa-se no momento da história…”
 
% Divisão em momentos
 
Visa demonstrar como foram articuladas as ideias do autor. Num poema organizado em estrofes, a estrutura externa pode não coincidir com a estrutura interna, isto é, a cada momento corresponder sempre uma estrofe ou um grupo de estrofes bem definido estruturalmente.
Exemplo: “O primeiro momento compreende as linhas 1-9…”; “… tem início em … e vai até…”
 
 
 
 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

FONTE DO ÍDOLO, BRAGA - para saber mais

 
"(...)
O Livro III sob o título Roteiro Megalítico - Percurso Mágico em Terras Portuguesas referencia alguns dos principais elementos megalíticos, ou "cantinhos mágicos" por excelência, existentes no nosso país e, tanto quanto possível, estuda ou levanta algumas questões sobre a sua origem e/ou seu significado. Refira-se que durante algum tempo o nosso país foi considerado o berço do megalitismo na faixa atlântica da Europa. Apesar da evidente destruição a que os monumentos de pedra foram sujeitos, quer pela ação humana quer pela ação da natureza, os vestígios eram, porém, mais abundantes no solo português do que no resto dos países europeus. (...)"
in MITOS E LUGARES MÁGICOS DE PORTUGAL
Eduardo Amarante
Zéfiro, 1ª edição, p. 17
 
 
 
Província do MINHO
Compreende os distritos de Viana do Castelo e Braga e fazia parte da antiga Galécia
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE DO ÍDOLO
Antigo monumento da época romana.
A Fonte do Ídolo fica situada na rua do Raio, na freguesia de São José Lázaro, cidade, concelho e distrito de Braga, Portugal.
A cidade de "Bracara Augusta" foi fundada por volta de 16 a.C., sob o governo de Augusto, localizada numa região anteriormente ocupada por povos autóctones. Conhecidos pela sua tolerância em matéria religiosa, os romanos permitiam o culto a outras divindades que não fossem as romanas.
É neste contexto que se insere a Fonte do Ídolo, crê-se datada  do século I, santuário dedicado a um deus local chamado Tongoenabiagus, associado aos cursos de água.
Esta fonte é o único monumento romano de  "Bracara Augusta" que resistiu intacto até aos nossos dias sendo de extrema importância pelas informações que fornece sobre o culto de deuses indígenas na época romana.
 
 Segundo Eduardo Amarante:
 (...) é um monumento talhado na rocha. Caracteriza-se por ser uma fonte de origem pré-romana com funções de santuário rupestre. o arqueólogo J. Leite de Vasconcelos considerou tratar-se aqui de um local de oferendas ao deus lusitano Tongenabiago. Na área envolvente da Fonte do Ídolo, onde foi encontrado o único altar conhecido, Nabia, divindade feminina das águas, montanhas e florestas (e uma das divindades indígenas mais honradas em território nacional), parece ter tido aí o seu local de culto.
Classificado como Monumento Nacional desde 6 de junho de 1910, consiste numa fonte de água com inscrições e figuras esculpidas em granito.
Segundo uma inscrição no próprio monumento com o nome Célico Fronto, natural de Arcóbriga - designação de uma povoação céltica, na zona do Alentejo ou a sul do Tejo, como era considerada - que terá sido quem mandou erigir o monumento. Perto dessa inscrição encontra-se uma figura vestida com uma toga representando talvez o dedicante do monumento.
Ao lado, sobre a fonte d'água, encontra-se outra figura esculpida: um busto, erodido, dentro de um nicho de perfil clássico com uma figura de uma pomba no frontão. Perto dessa figura existe também outra inscrição com o nome do dedicante e o nome da divindade "Tongoenabiagus", que provavelmente é representada pela figura do nicho.
Perto da fonte foram também descobertos vestígios arquitetónicos que indicam que o santuário pode ter sido parte de um templo.
 
** O texto que se encontra em itálico não sofreu alterações.
O restante texto foi retirado e adotado da Wikipédia.
 
 

domingo, 11 de agosto de 2013

Erros de todos os dias e dos nossos II - Solecismos




Solecismos:

- Erros de concordância

(as regras gramaticais da concordância não são respeitadas.)

 

Não / Sim

Fazem cinco anos que […]

Faz cinco anos que […]

Houveram muitos acidentes

Houve muitos acidentes.

Aluga-se casas.

Alugam-se casas.

Precisam-se de operários.

Precisa-se de operários.

Procura-se empregados.

Procuram-se empregados.

Tratam-se dos melhores profissionais.

Trata-se dos melhores profissionais.

Não passavam das oito da manhã quando […]

Não passava das oito da manhã quando […]

Obrigado. – disse a rapariga.

Obrigada. – disse a rapariga.

Meia louca

Meio louca.

Erros de todos os dias e dos nossos





Não / Sim

 

Agradecê-mos muito /Agradecemos muito

A gente não estamos satisfeitos / A gente não está satisfeita

Vocês hadem pagá-las / Vocês hão de pagá-las (hão de – novo ac. ort.)

É preciso agir rápidamente / É preciso agir rapidamente

Tu também andastes nos escuteiros? /Tu também andaste…)

Eu daria-lhe outra oportunidade / Eu dar-lhe-ia outra oportunidade

Deiam-nos as vossas opiniões / Deem-nos as vossas opiniões  (deem – novo ac. ort.)

Um dia hades ver que tenho razão / Um dia hás de ver que tenho razão  (hás de – novo ac. ort.)

Eles devem de estar a chegar / Eles devem estar a chegar

Se quisesse-mos, tínhamos ido / Se quiséssemos, tínhamos ido
 
 
 
 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Sobre o acento circunflexo ... Pôr, Dispôr e outros





Verbo pôr - é acentuado ao contrário dos verbos dele derivados.

Assim, escreva-se:

DISPOR, COMPOR, APOR...


No entanto, devemos acentuar

DISPÕE, DISPÕEM, COMPÔS

É frequente encontrar inscrita a palavra residêncial nos toldos das Entradas daqueles estabelecimentos comerciais; tratar-se-á de uma clara confusão com o vocábulo residência.
De notar que, se os nomes (substantivos) têm acento circunflexo, o mesmo não se passa com o adjetivo a eles relativo.

ASSIM:

Residência - Residencial

Inteligência - Inteligente

Paciência - Paciente

Agência - Agente
...


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Como se escreve...?




CAIEM ou CAEM?
SAIEM ou SAEM
TRAIEM ou TRAEM?

Formas corretas:

CAEM / SAEM / TRAEM

Nota: Os verbos em -air, como cair, sairtrair, mantêm o i em toda a conjugação, exceto na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.


HÁ CERCA DE / ACERCA DE / CERCA DE


1. há cerca de - verbo haver + locução prepositiva
Ex: Há cerca de seis meses que não nos vemos.

2. acerca de - locução prepositiva = sobre, a respeito de
Ex: A conferência foi acerca de Fernando Pessoa.

3. cerca de - locução prepositiva = mais ou menos
Havia cerca de meio milhar de pessoas no espetáculo.


terça-feira, 16 de abril de 2013

"página vinte e um" ou "vinte e uma página"?











Devemos dizer "página vinte e um"; então também devemos dizer "vinte e uma página"?
Assim como se deve dizer página vinte e dois uma vez que o numeral, colocado depois, concorda neste caso com a palavra "número", omissa, o mesmo sucede na expressão "página vinte e um" (número vinte e um, que representa a ordem da página.
Já o mesmo não sucede quando estamos a referir-nos à quantidade de páginas, com o numeral colocado antes. Deve-se, neste caso, estabelecer a concordância entre a grandeza avaliada e o numeral que representa essa medida,
Exemplo: “vinte e dois jogadores no plantel”
Logo, devemos dizer: vinte e uma páginas – “uma” porque página é do género feminino; “plural” em páginas porque são várias.
Não dizer, atenção, “vinte e uma página” pois é incorreto… os símbolos não têm plural e se considerarmos “página” uma unidade de medida do volume de um livro, em páginas, e do mesmo modo que dizemos “vinte e uma horas”, devemos também escrever vinte e uma páginas.



domingo, 14 de abril de 2013

Memorial do Convento - A Construção do Convento





A Construção do Convento

v  Macro espaço – MAFRA (onde surgem as personagens principais Blim. e Balt.)

                                                                                              Outro macro espaço: Lisboa
Micro-espaços:
- Terreiro do Paço
- Rossio
- S. Sebastião da Pedreira

v  Construção em Mafra como cumprimento de uma promessa do rei (a Ordem Franciscana aguardava há mais de 100 anos poder construir um convento, por via administrativa, em Mafra.)  (Cap.I, p.14)

*      No início da sua história, a vida de Mafra concentrava-se à volta do antigo castelo, junto à igreja de Santo André. **Séc.XVIII – torna-se um polo de atração, surge uma nova vida em resultado dos que vieram construir o convento.
*      O projeto do Mosteiro foi entregue ao arquiteto João Frederico Ludovice, ao serviço dos Jesuítas, em Lisboa. A construção do Convento é um reflexo da riqueza, do ouro do Brasil.

v  O rei vai ao local onde vai ser construído o Convento. (Cap. VIII, ultº § do cap.).
*      Saramago olha este edifício com o olhar crítico de homem do nosso tempo dando especial relevo à luta titânica dos homens que o construíram para satisfazerem a vaidade e a ambição de um rei.
*      A intenção/sonho do rei era fazer uma obra comparável à igreja de S. Pedro em Roma mas o arquiteto convence-o a mudar de ideias.

v  Sobre a vontade/decisão real (Cap. XXI)

v  Rei: ser vulnerável como os outros / tem medo da Morte mas é uma questão de vaidade pois, na realidade, teme que a morte o impeça de assistir à sagração do convento.

*      Escolhe como data 22 de Outubro de 1730, domingo, pois o ritual diz que deve ser esse o dia para sagração das basílicas).
No entanto, as obras estariam atrasadas para esta data. Quando seria de novo o seu aniversário num domingo? (Cap. XXI)


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Memorial do Convento - O Tempo. A Crítica. O Espaço.





O Tempo. O Espaço. A Crítica.
A História e a Ficção.


TEMPO

  • Início da Narrativa = 1711


®    O rei casou em 1708  (diz-se que a rainha tinha chegado há mais de 2 anos).
®    O rei nasceu em 1689  (diz-se que tem 22 anos = 1711).

  •  As referências temporais são poucas mas as datas que existem, e que são importantes, permitem-nos seguir cronologicamente a acção, através de deduções.

  •  PROLEPSES – encontram-se integradas nas digressões mentais.

- conferem ao Narrador estatuto de omnisciente

- estão aliadas à ironia      
                                 Capítulos XV, XVII, XVIII

  •  1717 – data da bênção da primeira pedra do Convento. - Cap. XII.

  • 1725 – data em que foi estabelecido o contrato de casamento dos príncipes.- Cap. XXII


                     “o agora” – 1729     

  • 1730 – data da inauguração / sagração do Convento  (D. João V tem 41 anos) Cap. XXIV.

- desaparecimento de Baltasar  no dia em que todos vão assistir à Sagração do Convento; ele vai para Montejunto a fim de consertar a máquina que está lá escondida.   (Cap. XXIII)- verifica-se que a máquina funciona.
  •  A narrativa termina em 1739 – após os 9 anos em que Blimunda procura Baltasar.


          - encontra-o no Rossio a ser queimado com António José da Silva, o Judeu; temos, neste caso, mais uma indicação histórica verídica.

Conclusões:   Saramago diz que a História é ficção por isso, há um desprezo pelo tempo cronológico.


ESPAÇO (s)

  • Ilustra(m) o ambiente e os costumes da época.

  • Espaços físicos privilegiados ------  macro-espaços (Lx e Mafra)


       

            Lisboa  >  micro-espaços – T. Paço, Rossio, S. Sebast. Pedreira, Odivelas, Azeitão

         Mafra   >  micro-espaços – Alto da Vela, Pêro Pinheiro (pedra), Serra do Barregudo, Serra de Montejunto, T. Vedras.


  • Lisboa = espaço social – ilustra bem as injustiças sociais. A minoria tem tudo, o Povo nada tem.  Caps. III, (texto da procissão) VIII, XV


A CRÍTICA


  • O Memorial do Convento é um romance que se apresenta como uma crítica, cheia de ironia, ao que se passava no início do sec. XVIII.



   
- o romance critica:

       - opulência rei / nobreza           Cap. III / Cap. IV
                    Vs.
       - extrema miséria do povo

  •  Lisboa é um alvo privilegiado das críticas.     Cap.III


  • Sátira  encontra-se presente:

                                  > nos casos de adultério (corrupção de costumes)   Cap. III
                                  > nas classes altas = os frades levam as mulheres para as          
                                                 celas.   Cap. VIII
                  > o rei tem encontros com as freiras  (Madre Paula de
                                             Odivelas, por exemplo)   Cap. XIII

  • O romance denuncia os métodos utilizados pela Inquisição e a repressão exercida sobre o Povo.  Cap. V



                                                MAS

                    Também se critica o Povo que aplaude a queima   (= touradas)