quinta-feira, 11 de maio de 2017

O ESPAÇO FÍSICO E SOCIAL D' OS MAIAS

         O espaço físico surge na obra em função da atuação da personagem principal.
Deste modo, e em lugar de destaque, surge-nos a Quinta de Santa Olávia, no Douro, espaço onde Carlos será educado à inglesa, de forma bem diferente da tradicionalmente portuguesa; seguir-se-á Coimbra, cidade onde estuda, ensaia o amor, experimenta a literatura e conclui o curso de Medicina. A relevância dada à capital surgirá quando Carlos, regressado da sua viagem pela Europa, nela se fixa e monta o seu consultório. Lisboa passará a ser, desde então, o espaço privilegiado, facto justificado pela intenção do narrador em caraterizá-lo e a toda uma sociedade que nele circula e que envolve esta personagem (crítica de costumes).
         Sintra e o Ramalhete (em Lisboa) são igualmente espaços mencionados na obra mas ao serviço da intriga. Neste último, microespaço da capital, encontram-se personagens que fazem parte da intriga e da crítica, **** “É a vida de lazer, de jogo, de dispersão, continuada depois na grande cidade de Lisboa, símbolo de um Portugal da Regeneração instalado e decadente, que vai contribuir para o fracasso da personagem central que, sob um estatuto de grande burguês, se transformou num Don Juan amolecido e corrupto.”
****(in Os Maias em análise, Antologia Comentada)

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