“Maria Eduarda, Carlos Eduardo... Havia uma
similitude nos seus nomes. Quem sabe se não pressagiava a concordância
dos seus destinos!” Pressagiava de facto, mas de maneira trágica. Também a
semelhança do nome das três figuras femininas centrais parece apontar para que
todas elas sejam fatais, à sua maneira, para os homens da família Maia – Maria
Eduarda Runa, Maria Monforte, Maria Eduarda – todas Maria e, a primeira e a
última Maria Eduarda, concorda também nos seus próprios destinos, todas
morreram, se bem que as duas primeiras fisicamente e a última psicologicamente.
Há ainda que salientar a similitude física entre
Carlos e Maria Monforte, sugerida por Maria Eduarda, e a semelhança de
carácter de Afonso e Maria Eduarda, sugerida por Carlos quando vê que Maria
Eduarda é tão bondosa como o avô – Maria Eduarda pede--lhe para ir ver a irmã da
sua engomadeira que tinha reumatismo, e o filho da Sr.ª Augusta, a velha do
patamar, que estava tísico; Carlos cumpria estes encargos com o fervor de
acções religiosas.
Afonso encontra sérias semelhanças entre
seu filho, Pedro, e um tio da família Runa que endoideceu e se enforcou. Estas
semelhanças agoiravam já o futuro de Pedro que, tal como o tio, se suicidou,
mas este com um tiro na cabeça, morrendo alagado numa poça de sangue.
Maria Monforte estava lendo uma novela sugerida por
Alencar, em que o herói era o último Stuart, o romanesco príncipe Carlos
Eduardo, como estava fascinada por ele, quis dar esse nome a seu filho, pois
parecia ser pleno de um destino de amores e façanhas. De facto, Maria Monforte
estava certa, o incesto era o destino amoroso de Carlos que acabou por levar a
que este fosse o último dos Maias. Contrariamente a Maria Monforte, Pedro queria
chamar Afonso ao filho, mas acabou por aceder a Carlos Eduardo.
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