FELIZMENTE HÁ LUAR!
de
Luís de Sttau Monteiro
Obra escrita em 1961, recebeu o Grande Prémio do Teatro da Sociedade de Escritores e Compositores Portugueses, em 1962.
Foi representada pela primeira vez em Paris, em Março de 1969. Em Portugal, a censura impediu-a de subir à cena pois o conteúdo não agradava a Salazar.
Em 1978 é representada no Teatro D. Maria II, numa encenação de Sttau Monteiro o qual a designou “um grito de Liberdade”.
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A ação decorre em 1817.
A personagem principal é o General Gomes Freire de Andrade (está sempre presente mas nunca aparece).
O General é um militar muito prestigiado que foi executado em S. Julião da Barra, acusado de liderar uma conspiração (Conspiração de 1817) contra a Junta Governativa a qual representava o rei de Portugal, D. João VI, refugiado no Brasil desde a 1ª invasão francesa (1807). Com esta conspiração pretendia-se derrubar o regime absolutista e instaurar o liberalismo em Portugal.
A Junta era constituída por D. Miguel Pereira Forjaz, representante da nobreza; Principal Sousa, representante do clero e William Carr Beresford, poderoso chefe militar nomeado por Sua Majestade Britânica e que “governa Lisboa para ganhar dinheiro”. A chegada de Gomes Freire ao poder implicaria o afastamento ou mesmo a morte dos três e o fim dos interesses que eles representavam. Por esse motivo, Gomes Freire é preso e logo executado com “trinta conjurados” numa noite de lua cheia.
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