(continuação)
v
1913 – Mário de Sá-Carneiro
escreve o livro de poemas “Dispersão”;
v 1914
– Pessoa publica “Impressões do Crepúsculo” (ou “Paúis”) na revista “Renascença”.
Conhece Almada Negreiros numa exposição deste. Forma-se o grupo da revista “Orpheu”;
v 1915
– são publicados os dois únicos números de “Orpheu” com o objetivo de
escandalizar e irritar a burguesia. A revista soçobra antes da saída do
terceiro número;
v 1916
– Sá-Carneiro suicida-se. O grupo de “Orpheu” dispersa-se e publica textos
noutras revistas: “Centauro” e “Exílio” (1916), “Portugal Futurista” (1917), “Contemporânea”
(1922-26) e “Athena” (1924-25).
DECADENTISMO
– Ligeiramente posterior ao simbolismo, e com ele mantendo afinidades, expresso
um cansaço pela civilização tradicional, considerando-a no seu final, sinal da
mudança irreversível dos tempos. O decadentista associa tal ruína à crise moral
e de valores; cultiva a “arte pela arte”, o tédio e busca sensações novas e
intensas. Situa-se entre 1880 e 1920.
PAULISMO
– Iniciado por Pessoa com “Impressões do Crepúsculo”, poema também conhecido
por “Pauis”, é considerado como o pós-simbolismo. Defende a confusão do
objetivo e do subjetivo, a estagnação, o tédio, o vazio de alma, a associação
de ideias desconexas, expressas em frases sintaticamente sem lógica, o uso de
maiúsculas em certas palavras, atribuindo-lhes significados transcendentes; o
real não é visto como tal, sugerindo a interioridade do eu lírico.
FUTURISMO
– Iniciado em 1906 pelo italiano Marinetti, defende o corte radical com a
tradição literária e artística europeia: esquecer o passado e a ideia de construir
o futuro; desprezar tudo o que é clássico, tradicional e estático; recusar o
sentimentalismo; cultivar a liberdade, a velocidade, a violência, a máquina, a
originalidade. Na poesia há verso livre, sem métrica, há liberdade de palavra,
rejeita-se o ideal romântico mas explora-se a inquietação da alma, a
insatisfação (ler “Ode Triunfal” de Álvaro de Campos).
INTERSECCIONISMO
– Sobreposição ou cruzamento de realidades diferentes ou mesmo opostas, do eu
interior e do mundo exterior, correspondendo à consciência de uma totalidade
fragmentada (em “Chuva Oblíqua”, de Pessoa, cruzam-se o passado e o presente, a
paisagem presente e a ausente, o real e o sonhado).
SENSACIONISMO
– Avidez de sensações brutais, como a crueldade e a luxúria; identificação com tudo
e todos (pessoas, objetos, mecanismos, espaços, tempos) de modo a "sentir tudo
de todas as maneiras" simultaneamente, segundo Álvaro de Campos.
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