domingo, 21 de junho de 2015

FELIZMENTE HÁ LUAR - Teatro dramático e Teatro épico

Afirma Bertolt Brecht em Estudos sobre Teatro...
                                                                                                                        
"O espetador do teatro dramático diz:
- sim, eu já senti isso.
- eu sou assim.
- o sofrimento deste homem comove-me, ele é irremediável.
- tudo ali é evidente.”
    
            ** O Teatro dramático conduz à ilusão / à emoção, Arte e Vida real confundem-se.

“O espetador do teatro épico diz:
            - não é assim que se deve fazer.
            - nada ali é evidente.
            - sofrimento em palco tem solução.

            ** O Teatro deve permitir envolvimento do espetador no julgamento da sociedade, incita-o a agir.


O Teatro épico ativa a consciência do espetador, a sua capacidade de observação e de análise e igualmente o seu raciocínio no sentido de ir tirando conclusões acerca dos acontecimentos e dos problemas apresentados em cena.
Segundo Brecht, espetador e ator devem ser lúcidos. Os dois tempos, o da representação e o do comportamento das personagens são diferentes assim como os dois mundos, o da realidade e o que representa.
Em Felizmente Há Luar!, Luís de S. Monteiro pretende através da distanciação, envolver o espetador no julgamento da sociedade, tomando contacto com o sofrimento dos outros. Deste modo, o espetador deve possuir um olhar crítico para melhor se aperceber da opressão / injustiça de que é vítima.

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