Na Idade Média, a Igreja domina a cultura através da
literatura religiosa e didática e a sociedade caracteriza-se como sendo teocêntrica.
O século XVI rompe com a Idade Média e assiste-se ao
renascer da cultura greco-latina (Classicismo; influência de Petrarca; imitação
dos clássicos; Renascimento / Humanismo).
Em Portugal, devido aos Descobrimentos, verifica-se uma
profunda transformação das estruturas sociais, da cultura e da mentalidade.
O Homem passa a ocupar o centro do Universo e começa a
ter consciência das suas dignidade e capacidade. Segundo a máxima “O Homem é a medida de todas as coisas”, o
Humanismo surge em Portugal em meados do século XVI. Com esta nova forma de
pensar, privilegia-se a experiência e põe-se em causa a cultura livresca.
A sociedade é agora antropocêntrica e conhece a
influência em todas as manifestações artísticas: literatura – imitação dos
géneros literários; surge a técnica do nu na pintura e na escultura; promoção
do intercâmbio cultural devido à presença de estrangeiros como, por exemplo, bolseiros
das Universidades. O Homem adota uma atitude crítica sobre o mundo e a Igreja.
Petrarca
é uma individualidade que se destaca e que introduz novos conceitos literários
que Camões irá recuperar relativamente à conceção do Amor, da Mulher amada e da
Natureza.
A LÍRICA CAMONIANA
Influências de
vária ordem
“poética de
imitação” + Experiência pessoal +
Vivências
=
[
Originalidade /
insinceridade]
Deixa
transparecer um sujeito “ viajante, letrado, humanista, trovador à maneira
antiga” (...) um sujeito “que assumiu e meditou a experiência de toda uma
civilização cujas contradições viveu na sua carne e procurou superar pela
criação artística.”
António José Saraiva
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