terça-feira, 17 de novembro de 2015

LÍRICA CAMONIANA - CONTEXTUALIZAÇÃO II


 
            Na Idade Média, a Igreja domina a cultura através da literatura religiosa e didática e a sociedade caracteriza-se como sendo teocêntrica.
            O século XVI rompe com a Idade Média e assiste-se ao renascer da cultura greco-latina (Classicismo; influência de Petrarca; imitação dos clássicos; Renascimento / Humanismo).
            Em Portugal, devido aos Descobrimentos, verifica-se uma profunda transformação das estruturas sociais, da cultura e da mentalidade.
            O Homem passa a ocupar o centro do Universo e começa a ter consciência das suas dignidade e capacidade. Segundo a máxima  “O Homem é a medida de todas as coisas”, o Humanismo surge em Portugal em meados do século XVI. Com esta nova forma de pensar, privilegia-se a experiência e põe-se em causa a cultura livresca.
            A sociedade é agora antropocêntrica e conhece a influência em todas as manifestações artísticas: literatura – imitação dos géneros literários; surge a técnica do nu na pintura e na escultura; promoção do intercâmbio cultural devido à presença de estrangeiros como, por exemplo, bolseiros das Universidades. O Homem adota uma atitude crítica sobre o mundo e a Igreja.
           
Petrarca é uma individualidade que se destaca e que introduz novos conceitos literários que Camões irá recuperar relativamente à conceção do Amor, da Mulher amada e da Natureza.
Camões e petrarca
A LÍRICA CAMONIANA
Influências de vária ordem
“poética de imitação”       +   Experiência pessoal  +  Vivências
                                  =
                                        [ Originalidade  / insinceridade]



Deixa transparecer um sujeito “ viajante, letrado, humanista, trovador à maneira antiga” (...) um sujeito “que assumiu e meditou a experiência de toda uma civilização cujas contradições viveu na sua carne e procurou superar pela criação artística.”
     António José Saraiva




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