CANTIGAS
DE AMOR
São poesias ao gosto provençal em que o
poeta se apresenta perante a senhora de uma forma (ou numa atitude) submissa.
O poeta queixa-se da sua sorte por ela não
acreditar nele e afirma que sofre por vê-la e por não vê-la; considera-a a mais
formosa de quantas mulheres existem prometendo servi-la e honrá-la como o mais humilde
dos servos e diviniza-a.
As cantigas são artificiais pois o poeta
raras vezes sente o amor que diz ter. Trata-se, geralmente, de um amor fingido “mais
um produto da inteligência e da imaginação do que da sensibilidade”.
É o trovador quem fala (consagra à dama um
amor platónico, sem esperança) – objeto: a dona, a “senhor”.
Originárias da Provença, estas cantigas são
aristocráticas, convencionais e cultas. A mulher é um ser superior, quase
divino, a quem se rende vassalagem amorosa. O ambiente em que decorre a “ação”
é palaciano.
O trovador – sujeito – autocaracteriza-se
como cativo, coitado, aflito, servidor, enlouquecido, sofredor,
etc.
A vassalagem amorosa relaciona-se entre
sujeito / objeto.
Regras
do amor cortês – da corte
- sofrer quando ela
quiser;
- prestar vassalagem;
- ter autodomínio.
Estrutura
- cantigas de mestria,
cantigas de refrão, cantigas com dobre, mordobre,
finda, atafinda.
Temática
O sentimento amoroso: a
coita de amor; o amor infeliz.
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