PARNASIANISMO II
Corrente derivada do Realismo, baseia-se numa visão objetiva da realidade.
Tem como finalidade a expressão do real mas os parnasianos apenas escolhem da realidade os aspetos que podem ser valorizados ou elevam a nível poético os temas quotidianos que, pela primeira vez, ingressam na poesia.
Para o Parnasianismo, acima de tudo está a estética, a serenidade e o equilíbrio características, afinal, do espírito clássico; daí a sua designação tirada do nome grego Parnaso, monte inspirador de poetas e dedicado a Apolo.
Caracteriza-se este movimento pela busca da imagem rara, do vocabulário excessivo dos ultrarromânticos e do equilíbrio formal do classicismo.
Procura-se a correção formal, a plasticidade e a nitidez escultória do real quotidiano, a “arte pela arte”.
Cesário Verde foi o maior poeta parnasiano português sobretudo quando trata de forma objetiva e limpidez formal, os aspetos quotidianos e vulgares que atingem na sua obra um nível verdadeiramente poético: a hortaliceira, as varinas, os lojistas, os carpinteiros ou a aguarela do piquenique de burguesas…
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