O ROMANTISMO
O
Romantismo é completamente o oposto
da corrente anterior – o Classicismo.
Representa, na literatura e na arte em geral, os anseios da classe burguesa
que, na época, estava em ascensão. A literatura, portanto, abandona a
aristocracia para caminhar ao lado do povo, da cultura leiga. Por esse motivo,
acaba por ser uma oposição ao Classicismo.
Ao
Romantismo cabe a tarefa de criar uma linguagem nova, uma nova visão do mundo
identificada com os padrões simples de vida da classe média e da burguesia.
Enquanto o Classicismo observava a realidade objetiva, exterior e a reproduzia
do mesmo modo através de um processo de imitação sem deformar a realidade, o
Romantismo deforma a realidade que, antes de ser exposta, passa pelo
subjetivismo expressivo do indivíduo. A arte romântica inicia uma nova e
importante etapa na literatura, voltada para os assuntos do seu tempo –
revoluções sociais e políticas, esperança e paixão, luta e rebeldia — e ao
quotidiano do homem burguês do século XIX; retrata uma nova atitude do homem
perante si mesmo. O interesse dessa nova arte está voltado para a
espontaneidade, os sentimentos e a simplicidade – sendo, assim, subjetiva e
opondo-se, desse modo, à arte clássica que cultivava a razão, isto é, a
realidade objetiva.
A
arte, para o romântico, não se pode limitar à imitação, mas ser a expressão
direta da emoção, da intuição, da inspiração vividas por ele na hora da
criação, anulando, por assim dizer, o perfecionismo tão utilizado e tão
exaltado pelos clássicos. Não há retoques após conceção para não comprometer a
autenticidade e a qualidade do trabalho criativo.
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