segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CLASSICISMO vs ROMANTISMO (2)





O ROMANTISMO


O Romantismo é completamente o oposto da corrente anterior – o Classicismo. Representa, na literatura e na arte em geral, os anseios da classe burguesa que, na época, estava em ascensão. A literatura, portanto, abandona a aristocracia para caminhar ao lado do povo, da cultura leiga. Por esse motivo, acaba por ser uma oposição ao Classicismo.

Ao Romantismo cabe a tarefa de criar uma linguagem nova, uma nova visão do mundo identificada com os padrões simples de vida da classe média e da burguesia. Enquanto o Classicismo observava a realidade objetiva, exterior e a reproduzia do mesmo modo através de um processo de imitação sem deformar a realidade, o Romantismo deforma a realidade que, antes de ser exposta, passa pelo subjetivismo expressivo do indivíduo. A arte romântica inicia uma nova e importante etapa na literatura, voltada para os assuntos do seu tempo – revoluções sociais e políticas, esperança e paixão, luta e rebeldia — e ao quotidiano do homem burguês do século XIX; retrata uma nova atitude do homem perante si mesmo. O interesse dessa nova arte está voltado para a espontaneidade, os sentimentos e a simplicidade – sendo, assim, subjetiva e opondo-se, desse modo, à arte clássica que cultivava a razão, isto é, a realidade objetiva.

A arte, para o romântico, não se pode limitar à imitação, mas ser a expressão direta da emoção, da intuição, da inspiração vividas por ele na hora da criação, anulando, por assim dizer, o perfecionismo tão utilizado e tão exaltado pelos clássicos. Não há retoques após conceção para não comprometer a autenticidade e a qualidade do trabalho criativo.

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